Não estamos mais falando de uma situação hipotética, eles realmente existem. Os Zumbis estão à solta pelo mundo e agora a palavra de ordem é Sobrevivência!
Tudo o que lemos e assistimos sobre ataques de necrófilos não é mais ficção e você pode ver um episódio de The Walking Dead aí da sua janela. O que fazer?
Max Brooks nos traz, literalmente, um Guia de Sobrevivência a um Apocalipse Zumbi. Este livro que deu origem à HQ O Guia de Sobrevivência a Zumbis: Ataques Registrados , nos mostra como lidar com essa situação jamais imaginada em nossas vidas.
E se você não acredita que a existência de Zumbis seja algo provável, depois de ler o livro certamente vai rever os seus conceitos. Notícias do cotidiano e até fatos históricos (como o hábito cultural dos egípcios tirarem o cérebro dos mortos antes da mumificação) podem te fazer mudar de opinião mais rápido que você pensa!
Além de traçar um perfil dos mortos vivos, mostrando como eles se comportam e o que os chama a atenção, é também explicado um pouco sobre o Solanum, vírus que deu origem à essa praga. Além disso, Brooks nos mostra como nos prepararmos para uma infestação iminente ou até quando esta já estiver instalada.
Desde armamentos pesados e espadas específicas – como a espada shaolin – até os utensílios domésticos. Tudo pode ser utilizado para se proteger dessa praga e ele nos orienta como e principalmente quando agir, ou seja, AGORA!
O conteúdo do livro é de uma riqueza imensurável, principalmente pelo detalhamento de cada arma, proteção, alimento, ou preparo psicológico necessários. O seu único pecado, a meu ver, é que a leitura é maçante. Talvez porque a riqueza de detalhes o torne monótono. Afinal, é um guia, um manual. E nós não cultivamos muito o hábito de ter esse tipo de leitura.
O que te leva a seguir em frente, mesmo se não achar que a leitura está fluindo tão bem é o tema. Sim, os Zumbis! Como eles se espalharam? Quando começou? O que são? Como agir? Há cura?
Todas essas questões são levantadas ao longo do livro e são, de certa forma, respondidas. Algo que me intrigou profundamente é que Brooks faz uma diferenciação entre Zumbis infectados pelo Solanum e Zumbis criados da magia negra (Aqueles provindos de um feitiço vodu que faz com que os mortos se levantem de suas tumbas). Achei bem interessante até porque, se formos analisar os filmes e séries que abordam essa temática, vamos perceber que eles fundem essas duas criaturas em uma só. O que torna tudo mais aterrorizante ainda!
Depois de abordar cada etapa necessária à nossa sobrevivência nesse ambiente hostil, o autor nos relata casos ‘reais’ de possíveis focos de ataques dessas criaturas de forma isolada em cada canto do mundo. De ataques inesperados a Teorias da conspiração, o aparecimento do Zumbis é algo medonho!
Fazendo um recorte bem pessoal, achei interessante que ao nos mostrar as formas de sobrevivência a um ataque, Brooks evidencia a nossa dependência tecnológica. Seja a energia, as comidas industrializadas ou o carro como meio de locomoção. Tudo isso será deixado para trás e teremos que viver com o mínimo, o necessário. Será que nós, filhos de uma sociedade de consumo interdependente conseguiremos sobreviver?
Trabalhar em grupo para a sobrevivência da comunidade e divisão igualitária de tarefas e responsabilidades é a palavra de ordem. E pra mim fica a pergunta: Será mais difícil sobreviver aos Zumbis ou a nós mesmos?